segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Destaque >> IFRN Cidade Alta: Campus pioneiro


O IFRN Cidade Alta atua com o status de ser o único campus cultural dos institutos federais do país; unidade que pode servir de modelo para o Rio de Janeiro será expandida em 2015 para o bairro das Rocas. 

 

embora sua sala esteja repleta de brinquedos populares artesanais, uma de suas maiores paixões, Lerson Maia diz que costuma passar pouco tempo nela. “Prefiro ficar circulando por aí”, garante enquanto cumprimenta os funcionários a caminho do local.  

 

O diretor do campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) da Cidade Alta começa mais um ano letivo vislumbrando a mesma certeza que teve em 2009, quando prometeu aos artistas que habitavam o prédio histórico na Avenida Rio Branco que o local abrigaria uma instituição que iria movimentar a cena cultural da cidade.


Cinco anos depois da fundação do campus no local, o objetivo continua sendo Perseguido e alcançado, tanto que o IFRN Cidade Alta já serve como modelo para os demais institutos federais do país. “Somos o único campus cultural de todos os IFs. O IFRJ é que agora estuda implantar um no mesmo modelo e já fomos inclusive lá para mostrar nossa experiência”, assegura.
Desde que foi inaugurado em 2009, o IFRN Cidade Alta conta com três cursos na área: Produção Cultural, Gestão Desportiva e de Lazer e Curso Técnico de Turismo. Este ano, a novidade é o Curso Técnico de Eventos, que será implantado em maio, quando deve começar o ano letivo de 2014. “Atrasamos por conta das greves do ano passado. A última durou mais de 100 dias”, explica.

Além dos próprios cursos voltados para a área e as atividades realizadas em parceria com outras instituições culturais da cidade, o campus ainda tem a pompa de ser localizado ao lado de um dos cenários mais boêmios de Natal, o espaço cultural Dr. Ruy Pereira.

“A gente brinca dizendo que é uma extensão e temos sempre a preocupação de incluir o espaço de alguma forma nas nossas atividades”, comenta, reforçando algumas atividades realizadas com parceiros e que contribuíram para a consolidação do campus.

“Estamos abertos para dialogar com todos os segmentos, mas abrigamos por dois anos o Festival Goiamum de Audiovisual, o SEDA (Semana do Audiovisual), bem como a Mostra de Cinema Latino Americano, o Circuito Bode Arte, a Semana do Cordel e o ‘Diálogos Culturais’, que é organizado pelos próprios alunos de produção cultural, sempre um evento muito esperado por eles”, exemplifica.

“Montamos uma estrutura que permite ao nosso aluno de produção cultural realmente sair em campo. Várias das atividades no Circuito Cultural Ribeira, por exemplo, são desenvolvidas por eles, que utilizam as nossas tendas, o nosso som e desenvolvem suas ações”, complementa.
O prédio conta também com uma galeria de arte no primeiro andar, que tem metade de sua pauta preenchida por um edital (a outra metade é para as próprias escolhas internas do instituto) e um museu fixo dedicado ao brinquedo popular.

“É o único museu do Brasil com a característica de brinquedo popular, que é aquele construído pelas crianças mesmo. É diferente do brinquedo artesanal, que é mais bem acabado já que foi feito por um adulto”, diferencia, colocando na ponta de sua mesa um simpático boneco rústico de madeira, que luta para se equilibrar mesmo carregando uma placa bem maior que seu corpo.

 DO NOVO JORNAL

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