Vacinação prosseguirá no Rio Grande do NorteO
Programa Nacional de Imunizações (PNI), em virtude do não alcance da
meta estipulada para a vacinação contra a poliomielite e o sarampo,
prorrogou o final da campanha para o dia 31 de dezembro em todos os
municípios brasileiros com coberturas vacinais abaixo de 95% em uma ou
nas duas vacinas.
No estado do RN, a meta é vacinar 214.034 mil crianças
entre seis meses e cinco anos de idade incompletos contra a pólio e
190.497 mil crianças na faixa etária de 1 ano a menores de 5 anos de
idade contra o sarampo.
A campanha nacional terminou na última
sexta-feira (12) com 11,2 milhões de crianças vacinadas contra
poliomielite, atingindo 88,04% do público-alvo, e 9,1 milhões contra
sarampo, o que representa 82,9% de cobertura. Como a maioria dos estados
e municípios não alcançou a meta de vacinar 95% das crianças, o MS
orientou a prorrogação. No RN foram vacinadas 188.143 (87,90%) crianças
contra a pólio e 159.980(83,98%) contra o sarampo.
A coordenadora do
Programa Estadual de Imunizações da Sesap, Francisca Santos, convoca os
pais e responsáveis a levarem seus filhos, entre seis meses e menores de
cinco anos às unidades básicas de saúde para tomarem as vacinas
necessárias.
A vacina contra a poliomielite é indicada para todas as
crianças entre seis meses e cinco anos de idade incompletos. No caso da
Tríplice Viral, a vacina imuniza contra o sarampo, e também garante a
proteção contra a rubéola e a caxumba e devem se vacinar as crianças
entre um e cinco anos de idade incompletos. O alerta é para os pais de
crianças portadoras de alergia ao leite de vaca, os quais devem informar
o fato ao profissional da sala de vacina antes da vacinação.
No
Brasil, a poliomielite está erradicada há 25 anos. Apesar do controle, é
essencial continuar protegendo os indivíduos através da vacina. Com
relação ao sarampo, Stella Leal, subcoordenadora de Vigilância
Epidemiológica da Sesap, alerta que “apesar do RN não ter casos
confirmados da doença, está em situação geográfica desfavorável. Estamos
próximos a estados que apresentam surto da doença, como o Ceará, que de
janeiro a novembro deste ano, segundo dados do Ministério da Saúde,
apresentou 572 casos da doença, e Pernambuco, que apresentou 27 casos”.
Controle preventivo depende de vacinação
De
acordo com o Ministério da Saúde, a poliomielite é uma doença
infectocontagiosa grave e a única forma de prevenção é por meio da
vacinação. Na maioria dos casos, a criança não vai a óbito quando
infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso,
provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros
inferiores.
A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá,
principalmente, por via oral. E o sarampo é uma doença viral aguda grave
e altamente contagiosa. Os sintomas mais comuns são febre alta, tosse,
manchas avermelhadas, coriza e conjuntivite.
A transmissão ocorre de
pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir,
falar ou respirar. As complicações - como otite, pneumonia, diarreia,
entre outras - contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente
em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A única forma de
prevenção também é por meio da vacina.
Os últimos registros de
contágio autóctone de sarampo no Brasil ocorreram em 2000. Em 2013 e
2014, foram registrados casos importados ou relacionados à importação,
com concentração nos estados de Pernambuco e Ceará. No mundo, em 2014,
foram registrados 160 mil casos da doença, de acordo com a OMS. Cabe
ressaltar que, com o fluxo de turismo e comércio entre os países, o
risco de importação do vírus é maior, por isso a importância da
imunização.
Fonte: Jornal O Mossoroense